Você sabe a diferença entre fast fashion e slow fashion? Saber disso é extremamente importante para o desenvolvimento do consumo consciente.
Os lançamentos das coleções e semanas de moda servem com um parâmetro do que vai ser tendência.
Anteriormente, quando se via um modelo na passarela, logo após as costureiras os reproduziam. Esse processo demorava bastante, pois tudo era feito à mão.
Com a Revolução Industrial, a moda também passou a ser fabricada de uma outra forma. A produção começou a ser feita em larga escala e as coleções das passarelas logo estavam nas lojas.
Este foi um impulso para a moda que foi evoluindo até que, em 1990, vimos o surgimento das fast fashion, que nada mais é do que uma moda rápida, tanto em relação à produção quanto para o consumo.
O que é a fast fashion e quais os impactos para o consumo
Com a fast fashion a produção começou a ser em larga escala. Assim, as coleções sazonais dão lugar para coleções novas que são lançadas mais rápido, até mesmo semanalmente.
Este modelo teve início da Europa com as grandes varejistas, como a H&M, GAP, Forever 21, Zara e Benetton, e rapidamente foi importado para os outros países.
Parece tentador ter as tendências de moda de forma mais rápida e também mais barato, não é mesmo?
Mas, é essencial se perguntar o preço desse consumo rápido e transitório.
Primeiramente, é preciso falar que a produção das fast fashion foram direcionadas para o terceiro mundo. Isso porque, nesses lugares o custo da produção é bem menor, por conta da mãe de obra barata e por não haver leis trabalhistas eficientes.
O salário de um operário da indústria têxtil em economias subdesenvolvida é de 2 a 3 dólares por dia.
Os impactos das fast fashions para o meio ambiente
Além do impacto social nos países de terceiro mundo, há ainda impactos para o meio ambiente.
EM um contexto mais claro, uma roupa de fast fashion é usada somente 5 vezes. O descarte desse material também é um grande problema.
Anualmente, cerca de 500 bilhões de dólares são jogados no lixo em roupas que praticamente não foram usadas. Cerca de 100.000 toneladas de roupas saem todos os anos do ocidente e vão parar em países como a Índia, onde são recicladas e revendidas como cobertores.
Como nem tudo é reciclado, para se ter noção do problema, em 2015, 92 milhões de toneladas de descarte têxtil foram produzidas em todo o mundo. Esses números são assustadores e tendem a crescer com o passar dos anos.
Somada a grande quantidade de lixo nos aterros, a indústria têxtil também é responsável por 1,2 bilhão de toneladas de gases estufa por ano.
Outro fato importante para ser ressaltado, é que o processo de produção das fast fashion impacta o meio ambiente desde o início, logo no plantio do algodão. Para que a colheita seja mais eficiente, usa-se agrotóxicos nocivos ao meio ambiente.
Além disso, durante a produção são usados mais produtos químicos, como tintas, que são descartadas no meio ambiente.
Para agravar ainda mais os impactos ambientais, insumos sintéticos como o nylon e poliéster não são biodegradáveis e mesmo após a reciclagem minúsculas partículas de fibras (plástico) e outros produtos químicos vão direto para os mares.
Slow fashion: O que é? Por que devemos incentivar?
Sabendo dos impactos socioambientais das fast fashions, o conceito de slow fashion surge como uma alternativa de moda sustentável na globalização.
O termo foi criado por volta de 2004, em Londres, pela escritora de moda Angela Murrills. De lá para cá, diversas blogueiras de moda têm adotado esse termo e também colocado em prática formas de consumo mais sustentável.
O slow fashion chama atenção para:
- O local em que as peças são produzidas;
- A consciência ambiental;
- Preços que incluam custos ecológicos e também sociais;
- Produção em pequena e média escala;
- Busca por materiais 100% reciclados;
- Cultivo de algodão orgânico, ou seja, sem agrotóxicos;
- Maior proximidade entre consumidores e produtores;
- Valorização da produção local;
- Incentivo à produção de handmade (artesanato);
- Peças feitas para serem duráveis e não facilmente descartadas.
Como incluir o slow fashion no seu dia-a-dia e adequar seu guarda-roupa
O slow fashion é uma forma de ir contra à indústria globalizada e a forma de padronização da moda a partir da produção em larga escala das fast fashion.
A melhor forma de aderir a esse modelo é não apenas pensar em um consumo consciente, mas também reaproveitar aquilo que você já tem.
Nós podemos, por exemplo, dar uma cara nova para as peças que já tem. Outra alternativa é visitar brechós.
A compra de roupas, deve ser algo feito de forma pensada e não por impulso. Se pergunte: “Eu realmente preciso disso?”, “Estou comprando porque preciso ou apenas por estar barato?”.
Além disso, o consumo consciente também deve ser praticado. Olhe na etiqueta da peça para saber como ela foi produzida, quais os materiais e se a reciclagem completa é possível.
Neste sentido, evite o uso de fibras têxteis plásticas, como o poliéster e o nylon, que são fontes de micropartículas de plástico. O algodão orgânico deve ser priorizado.
Este debate de moda sustentável é muito importante para que se adote uma nova postura, que leve em consideração à sustentabilidade.
Para comprar somente aquilo que precisa e adotar o modelo de moda slow fashion é essencial conhecer seu estilo. Pensando também nesse ponto, sempre vou dar dicas a respeito do trabalho que desempenho na Consultoria de Imagem e Estilo Ariana Nasi. Se você tiver alguma dúvida ou sugestão, Entre em contato comigo que te conto o que precisa! É só clicar na imagem abaixo para falarmos no WhatsApp: