O Dia da Terra, comemorado do dia 22 de abril, foi criado com a finalidade de conscientizar dos problemas ambientais e das necessidades de ações que visem a sustentabilidade, inclusive na moda.
Aqui no site já falei algumas vezes sobre a importância de pensar na moda de forma sustentável, a partir de uma lógica de consumo contrária à perenidade do modelo de produção acelerado das fast fashion (moda rápida). Assim, cada vez mais pessoas estão aderindo ao minimalismo e ao armário cápsula.
O início do fast fasion se deu na década de 1970. Nesse modelo, as lojas que trabalham nesse ramo observam o que é tendência das marcas famosas e renomadas e começam a fabricar em larga escala modelos muito similares, que são vendidos a preços menores, mas com qualidade inferior.
Dentro deste contexto, há o que é chamado de “moda globalizada”, que faz com que os mesmos produtos estejam em toda a rede de lojas ao redor do mundo. Com isso, as peças não são produzidas contendo particularidades locais.
As peças de fast fashion são feitas para serem usadas menos de cinco vezes. Para se ter ideia do dano ao meio ambiente, elas emitem 400% mais carbono em seu processo de produção do que as outras peças feitas em menor escala.
Nessas roupas são frequentemente usado o poliéster, que nada mais é do que um plástico que demora cerca de 200 anos para se decompor. Na lavagem dessas roupas, microplásticos, que são um grande agente poluidor dos mares, vão se soltando.
Eco fashion: O que é e como colocar em prática a sustentabilidade na moda
Atualmente, o mercado da moda se baseia nos modelos de fast fashion, onde os produtos possuem um curto ciclo de vida.
Por trás do lançamento acelerado de coleções está a poluição e o subemprego em países subdesenvolvidos.
A indústria da moda é uma das que mais causam danos ao meio ambiente, deste o plantio de algodão, as etapas de fabricações e o descarte.
Sabendo disso, a moda sustentável, também chamada de eco fashion, é feita com base em atitudes que busquem não agredir e preservar o meio ambiente, levando e consideração não somente os aspectos ambientais mais também os sociais e econômicos.
Para a confecção das peças é preferível o uso de fibras que são biodegradáveis e possuem produção sustentável, ou seja, sem o uso de agrotóxicos.
Portanto, evita-se a utilização de fibras sintéticas, como o poliéster, viscose e nylon, que precisam que uma grande quantidade de produtos químicos, além de não serem totalmente recicláveis.
As peças de tecidos 100% naturais, como o algodão lã e seda são preferíveis, tanto por terem uma maior duração quanto por serem produzidas a partir de um processo que agride menos ao meio ambiente.
A prática da sustentabilidade é um constante desafio para empresas, tendo em vista que esse setor sempre está em busca de estimular o consumo sustentável. Contudo, já há marcas que já possuem essa preocupação e priorizam o uso de materiais sustentáveis, tecidos feitos de materiais reciclados e orgânicos. Para este tipo de produção é dado o nome de slow fashion.
Nessa perspectiva, devemos mudar nosso pensamento de que a moda é feita somente de tendências que devem ser deixadas de lado ao fim de uma estação e priorizar peças duráveis que vão poder ser usada por muito tempo.
O futuro da moda
Sabendo da necessidade de ações que busquem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, o futuro da moda promete ser humano e focado no planeta.
O handmade (feito a mãe) e o retorno do artesanato e de peças exclusivas promete ser a tendência para os próximos anos.
Essa produção alia formas de produção mais responsáveis, o que contempla os trabalhadores da indústria têxtil.
O que vemos, é que a moda vai se adaptando aos poucos a formas sustentáveis de consumo. Uma prova disso, é o crescimento do números de brechós que pregam justamente esse modelo de consumo consciente.
Consultoria de Moda e sustentabilidade
Às roupas é agregado também histórias. Quando compramos algo, devemos pensar no longo caminho que essa peça percorreu até chegar em nossas mãos.
O famoso “barato que sai caro” pode estar incluso em uma peça que você compra em uma fast fashion. Isso porque, uma peça que você paga barato foi feita a custo de jornadas de trabalhos excessivas e mal remuneradas em um país subdesenvolvido, sem contar a questão ambiental.
Por isso, cabe a reflexão: Precisamos de tanto?
A Consultoria de Imagem e Estilo é uma forma de autoconhecimento. A partir desse processo você vai identificar não somente o seu estilo, mas também o que vai lhe deixar confortável dentro desse estilo e voltando-se sempre para o seu objetivo, seja ele profissional ou pessoal, ou seja, o que você deseja que as pessoas vejam de você e aquilo que quer passar para o mundo.
Com a consultoria, as compras são feitas de forma focada, em peças que realmente tem necessidades e que vão ser usadas por muita tempo. Dessa forma, há a prática do consumo consciente.
Vamos repensar nossa relação com o consumo? Essa é uma atitude que além de fazer bem para o planeta também é uma forma de autoconhecimento. Pense nisso!